Plante o pranto...

Chores!
Deixes teu pranto rolar na cascata de meus ombros,
Deixes sua cabeça pender como rocha na escarpa de meu peito,
Estarás segura mesmo que divises o precipício a tua volta...

Chores!
Mas chores mesmo, a dor que deveras sentes,
O amor que morreu nas pétalas amarelas de tua flor,
Que desabrochou e, o homem não colheu ao teu amor...

Chores!
E não enxugues as lágrimas que verterem,
Cultivas a tua dor na semente do mal que te fizeram,
Teu pranto irrigará o sulco da pedra, do amor que renascerá...

Chores,
Não escondas o belo rosto, mesmo que tracejado pelo tempo,
Não deixes que te fujas a vida,
Não esqueças de olhar ao redor, vede a montanha majestosa...

Chores!
O quanto choraste, o quanto sentiste,
Isso representa o quanto não devias ter te lançado,
Em busca de tua aventura, de tua paixão...

E depois que o pranto cessar,
Depois que o amor ao teu coração regressar,
Tornas a florescer, pelo bem viver,
E colherás as flores, os frutos ao teu redor,
Que são muitos, e que na cegueira de teu sofrer,
No teu desespero, tuas mãos não se abriram a colher...

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